Fórmula 1 (também F1)
é a mais popular modalidade de automobilismo do
mundo. É a categoria mais avançada do esporte a motor e é regulamentada pela
Federação Internacional de Automobilismo. Desde 2015 são usados motores de
combustão interna de seis cilindros em V, com indução forçada por
turbocompressor e auxilio dos sistemas MGU-K e MGU-H(Elétricos)
Ao contrário do
que muitos acreditam, o registro oficial da categoria consta como Fórmula Um (Campeonato
Mundial de Fórmula Um), com o numeral escrito por extenso, mas também se
aceita o uso do 1 e do I.
História
A história da
Fórmula 1 tem início com as competições de Grandes Prêmios disputadas na Europa, no início
do século XX, apenas
com uma pausa de 1939 até 9 de Setembro de 1945, no Circuito de Silverstone, prosseguindo até a
atualidade, sem interrupções.
Anos 1950: O
início
Seguindo os
dirigentes do automobilismo, a FIA (Federação Internacional de
Automobilismo)
anunciou a prova inaugural do campeonato mundial de F-1, em um
sábado, 13 de
maio de 1950 no Circuito
de Silverstone, no Reino Unido, para
não coincidir com um culto religioso local.
O campeonato
anunciado compreendia 6 GP's a serem disputados na Europa: Reino
Unido, Mônaco, Suíça, Bélgica, França e Itália, e seria
ainda adicionado o resultado das 500 Milhas de Indianápolis,
tornando, dessa maneira, um campeonato "mundial" (apesar do fato de
que os carros, equipes e pilotos que competiam nos EUA serem completamente
diferentes dos da Europa).
Devido às
dificuldades do pós-guerra, os carros eram todos do pré-guerra. Permitiu-se a
participação de carros com motores superpressurizados até 1,5 litro ou com
motores aspirados de 4,5 litros. A confirmação da presença da Alfa Romeo foi
determinante para o momento. Sua participação com as Alfettas, dominantes na
época, trouxe prestígio para o campeonato. Confirmaram presença a Ferrari (mas os
carros não ficaram prontos para a prova inaugural), Maserati, algumas
"Voiturettes" ERA e carros esportivos modificados,
como os Talbots.
Seriam
descartados os 3 piores resultados das 7 corridas disputadas. A pontuação era
assim dividida: 8 pontos para o primeiro colocado; 6 para o segundo; 4 para o
terceiro; 3 para o quarto; 2 para o quinto colocado e um ponto para o piloto
que marcasse a volta mais rápida da prova.
A prova
inaugural em Silverstone contou com um público de 100.000 pessoas estimadas,
além da presença do Rei George VI, a das princesas Elizabeth (futura raínha) e
Margareth. Esta também foi a única prova em que a Família Real Britânica esteve
presente.
Após o domínio
nos dois primeiros anos das Alfettas e das antigas voiturettes, a Ferrari
apresenta um carro vencedor com motor de 4,5 litros e domina completamente os
anos de 1952 e 1953, dando a Alberto Ascari o
título de bicampeão. Neste momento, a Alfa, que competia ainda com as Alfettas
(projeto do pré-guerra) não tinha recursos financeiros para investir no
desenvolvimento de um novo projeto e decide abandonar a categoria.
Em 1954, a Mercedes-Benz retorna
ao esporte com um carro perfeito que deu a Juan
Manuel Fangio mais 2 títulos, tornando-se tricampeão mundial.
Os carros são menores, com motores de 2,5 litros. Ao final de 1955, a Mercedes abandona as competições em
razão da tragédia de Le Mans ocorrida
naquele ano, quando mais de 80 espectadores morreram quando a Mercedes de Pierre Levegh projetou-se
sobre a multidão. Neste momento, a Ferrari contrata Fangio, que conquista o
quarto título na F-1. Em 1957,
ele conquista seu quinto (e último) título pela Maserati.
Em 1955, a Vanwall, primeira
equipe inglesa de F-1, apresenta um carro originalmente concebido para a Fórmula 2 de
2,0 litros, porém equipado com freios a disco e injeção de combustível.
Em 1956, a Vanwall
apresenta o motor de 2,5 litros e um novo chassi concebido por Colin Chapman, que
nesta época desenvolvia carros esporte para a Lotus. Após algumas
modificações introduzidas na suspensão por Chapman e a contratação de um especialista
em carrocerias, Frank Costin, o carro da Vanwall tornou-se
extremamente competitivo. Para brigar pelo campeonato foram contratados 2
excelentes pilotos: Stirling
Moss e Tony
Brooks. Assim, a Vanwall se tornou a primeira equipe campeã de
construtores em 1958.
Em 1958, a Cooper apresenta
um pequeno carro (baseado nos modelos da Fórmula 3 de
500cc) com motor de fabricação própria, montado na parte traseira, com um
acentuado índice de avanço técnico comparado aos carros da época. Este carro
marcou os modelos da década que se iniciava já sendo campeão de construtores e
de pilotos, com o australiano Jack Brabham,
em 1959 e 1960(Brabham futuramente criaria sua própria
equipe de F1 e venceria um campeonato mundial com ela. Este feito inspirou
também o neozelandês Bruce McLaren, que corria na F1 e que acabou criando a
bem-sucedida equipe McLaren, onde correram grandes campeões, como Niki Lauda,
Alain Prost e Ayrton Senna).
As cores dos
carros
As cores
tradicionais dos carros no início da Fórmula 1 eram: o verde para as equipes
inglesas, o vermelho para as italianas, o azul para as francesas e o branco
para alemães. Nessa época, a F-1 era essencialmente um esporte, e o
mercantilismo ainda não tinha tomado conta. As equipes eram mantidas com ajuda
das empresas de petróleo e fabricantes de pneus. Essa obrigação durou até 1968.
A primeira mulher
italiana Maria Teresa de Filippis.[2] Ela
tentou se classificar para 5 grandes prêmios, quatro deles pela equipe Maserati e um
pela Porsche.
Classificou-se para três deles. Sua melhor atuação foi em sua segunda corrida,
na Bélgica em 1958, quando largou na 15ª colocação e terminou na
10ª colocação.
Anos 1960
Devemos, antes
de tudo, ter cuidado ao analisar este
período sem o romantismo que temos
costume de enxergar estes anos, pois senão corre-se o risco de não dar o valor
merecido a este importante momento da categoria. Nos anos 1960 ocorreram as
mais profunda.
A década começou
com motores gerando 160 hp e terminou com carros equipados com o motor
Cosworth DFV chegando a desenvolver 450 hp, o que determinou um avanço no
desenvolvimento dos pneus que se tornavam cada vez mais largos, mas ainda
providos de sulcos. Mas os pilotos já percebiam que com o desgaste nem sempre
se perdia em aderência, e já no início de 1970 os primeiros pneus slick apareceram.
No campo da
propaganda, esta época foi decisiva para o futuro das competições na Fórmula 1
como conhecemos hoje. A Lotus se juntou a uma empresa de tabaco em 1968, e
criou a equipe Gold Leaf Lotus, com carros pintados de vermelho, branco e
dourado, o que fez desaparecer o tradicional verde britânico. As competições se
transformaram num meio comercial.
Mas os anos 1960
também trouxeram muitas mortes nas pistas. Jackie Stewart passou
a exigir mais segurança na Fórmula 1. Tudo começou num gravíssimo acidente que
ele sofreu em 1966 na pista
belga de Spa-Francorchamps.
Uma tempestade atingiu o circuito, e deixou seco somente o grid de largada. Na
rápida Masta Straight, a BRM de Stewart girou e caiu em uma vala, e
ele ficou preso no carro com o macacão encharcado de gasolina, enquanto Graham Hill e Bob Bondurant tentavam
desparafusar o volante para poderem retirar Stewart de dentro do monocoque
avariado. A partir daí, disse que não correria na equipe se não tivesse
segurança no carro. Foi ele que idealizou o capacete que cobre toda a cabeça do
piloto e do macacão antichamas. A partir daí, ele chegou a ser ridicularizado
por aqueles que achavam que as competições deviam ser um esporte de riscos.
Ficou, inclusive, conhecido como homem vacilante, mas se tornou
campeão do mundo por 3 vezes.
1960 registrou a última vitória de um
carro com o motor de 2,5 litros montado à frente do piloto na Fórmula 1, uma
Ferrari pilotada por Phil
Hill, na pista inclinada de Monza. A Cooper se tornou campeã de
construtores e seu piloto, Jack Brabham, o campeão dos pilotos, assim como
acontecera em 1959.
A partir
de 1961, os dirigentes
da Fórmula 1 optaram pelos motores de 1,5 litro, o que trouxe de volta o
domínio dos carros vermelhos da Ferrari de nariz de tubarão. Phil Hill se
tornou campeão de 1961 com cinco pontos de vantagem sobre Wolfgang von Trips, também da Ferrari, e se sagrou
campeã entre os construtores. Entretanto, a conquista ferrarista foi ofuscada
pela trágica morte de Von Trips depois de um choque acidental com o carro de
Jim Clark, em plena pista de Monza. Von Trips liderava o campeonato, mas após
sua morte o título foi para Phill Hill.
Em 1962, os ingleses reagiram e as equipes BRM
(campeã de construtores e pilotos, com Graham Hill em 1962) e Lotus (campeã
em 1963) passaram a
dominar o circuito. Em 1964,
a Ferrari retoma o título de construtores e pilotos com John Surtees (que
já tinha 7 títulos de Motovelocidade nas 350cc e 500cc quando foi para a
Fórmula 1). A Lotus venceu o campeonato de 1965, novamente com Jim Clark, tendo
conquistado o título individual, como já havia ocorrido em 1963.
Em 1966, a
Fórmula 1 passou a contar com motores de 3,0 litros, mas os motores de até 1,5
litro superpressurizados também eram permitidos (mas foi ignorado na época).
Jack Brabham conquistou seu terceiro e último título de campeão de Fórmula 1,
mas registrou um feito até os dias de hoje único: foi campeão de construtores e
pilotos tendo fabricado o próprio carro. Em 1967, a Brabham vence o
campeonato, mas desta vez o piloto neozelandês Denny Hulme supera
"Old Jack" por 3 pontos e conquista o título.
Graham Hill
venceu o campeonato de 1968, e a Lotus foi a campeã dos construtores, mas o ano
ficou marcado pela morte de Jim Clark, no dia 7 de Abril, em uma
prova de F-2 em Hockenheim.
Após sua morte, Jackie Stewart iniciou a cruzada pela segurança no esporte.
1969 marcou a entrada na Fórmula 1 do
potente motor Ford-Cosworth DFV, que exerceu domínio na F1 tendo sido usado
até 1981 e tendo
conquistado 10 títulos. Correndo pela equipe francesa Matra, Stewart
conquista seu primeiro título, dando à Matra sua única conquista entre os
construtores.
Anos 1970
Não podemos
analisar a década de 1970 na F1 sem falar de Bernie Ecclestone, Colin Chapman, o
motor V8 Ford-Cosworth DFV e a equipe Renault.
No ano de 1971, Ecclestone comprou a equipe Brabham pela
quantia de £100.000. Em 1972 assumiu
a direção de uma organização criada pelas equipes inglesas, a FOCA (Formula One Constructor´s Association),
com o objetivo de negociar suas participações junto aos organizadores das
competições. Os proprietários dos circuitos tinham
até o final dos anos 1960
toda vantagem comercial nas negociações, chegando a controlar a receita das
equipes e deter poder político dentro da CSI (Commision Sportif Internationale)
- sub-comissão esportiva da FIA. Ecclestone unificou a Fórmula 1 e criou
condições para a realização das competições que os proprietários de circuitos
tiveram que aceitar, anulando o poder que estes detinham até então. Em 1979, Ecclestone foi o escolhido pela FIA para
negociar e administrar os direitos de transmissão de TV.
No final da
década de 1960, os fabricantes de carros concentravam seus investimentos em
carros esportivos, mas com a introdução do motor Ford-Cosworth DFV em 1967, as
equipes podiam concentrar atenção e verba no desenvolvimento de chassis; O DFV
estava disponível a qualquer equipe pelo custo de £7.500 por unidade. Em 1974 as únicas equipes que não o
utilizavam eram a Ferrari e a BRM. O crescente aumento de audiência na TV criou um
atrativo para patrocinadores, inicialmente os que não faziam parte da indústria
automobilística, como o segmento tabagista. Não tardou para os fabricantes de
carros voltarem a participar da F1.
Em 1977, a Renault retornou às corridas de Grande
Prêmio (após ter se retirado em 1906), com o projeto de fazer do motor turbo um
vencedor na Fórmula 1, que já era desenvolvido em corridas de carros esporte e
endurance, como Le Mans. O V6 Turbo francês, que produzia mais de 1.000 HP,
preocupava as equipes que utilizavam (sem outra alternativa) o Cosworth DFV e
quando em 1978, Colin Chapman
descobriu o efeito-solo (compensar a falta de potência prendendo o carro ao
solo), deu uma sobrevida de mais 6 anos ao DFV. A Renault obteve seu primeiro
triunfo em julho de 1979, com a vitória de Jean-Pierre Jabouille no GP da França, marcado pelo antológico duelo
entre René
Arnoux e Gilles Villeneuve.
Os anos 1970
também revolucionaram a fabricação dos pneus. Em 1971, foram adotados os
pneus slick (sem sulcos), que alguns pilotos ainda achavam que
seriam escorregadios, e quando do retorno da Renault em 1977, a Michelin foi
sua parceira no fornecimento de pneus, utilizando, pela primeira vez na Fórmula
1, os pneus Radiais. O sucesso foi imediato. Já em 1978, a Ferrari trocou a
Goodyear (com tradicionais pneus de lonas diagonais) pelos radiais da Michelin.
No que tange à competição
na pista, a década começou com um acontecimento curioso, ligado a um fato
triste: o campeão da temporada de 1970 foi o austríaco Jochen Rindt, que é
até hoje o único campeão póstumo da categoria. Apesar de ter iniciado sua
carreira na Fórmula 1 em 1964, somente em 1969 teve um carro a altura de seu
talento, quando veio a primeira vitória. Na temporada de 1970, foram 5 vitórias
quando em uma sessão de treinos em Monza, entrou forte na Parabólica e perdeu o
controle da Lotus, o que causou sua morte instantânea. Rindt tinha 45 pontos
nesta altura da temporada, e com o resultado da prova de Monza Clay Regazzoni (31
pontos), Jack Brabham (25 pontos), Stewart (25 pontos), Hulme (23 pontos)
e Jacky Ickx (19
pontos) entraram na briga pelo título com três provas a disputar e 18 pontos em
jogo. Na prova seguinte, no Canadá, Brabham, Stewart e Hulme abandonaram e se
despediram da disputa do título. A próxima corrida seria disputada em Watkins Glen e Ickx, que havia vencido no
Canadá, precisava de vencer esta e a última corrida, no México, e Regazzoni,
2°colocado no Canadá, precisava de 1 vitória e um segundo lugar, mas Ickx
chegou em 4º, Regazzoni não marcou nenhum ponto e desta forma a temporada
estava decidida. Com uma vitória no México, Ickx tornou-se o vice-campeão e
Regazzoni, que chegou em 2º na última prova, ficou com a terceira colocação no
campeonato. Vale aqui o registro que o GP da Grã-Bretanha,
o sétimo de um total de treze, marcou a estreia daquele que abriu as portas
para os pilotos brasileiros na Europa: Emerson
Fittipaldi, que na sua temporada de estreia já venceu sua primeira
corrida, o G.P. dos Estados Unidos,
em Watkins Glen.
A temporada de
1971 foi inteiramente dominada por Jackie Stewart, que viria a se tornar o
maior piloto daquela década - mesmo com a estreia de Niki Lauda, guiando
um Tyrrell 003. Ao
final da temporada, Stewart fechava com 62 pontos, contra apenas 33 pontos de
Ronnie Peterson, com seis vitórias e um 2º lugar em 11 provas disputadas.
1972 foi o ano
de Fittipaldi. Com cinco vitórias, 2 segundos lugares e um terceiro, somou 61
pontos, sagrou-se campeão com duas provas de antecedência e se tornou o
primeiro brasileiro a ser campeão mundial de Fórmula 1. Com 45 pontos e 5
vitórias, coube a Stewart o vice-campeonato e com 39 pontos Denny Hulme ficou
em terceiro. Emerson se tornou o mais jovem campeão do mundo com 25 anos,
estatística que foi batida somente em 2005 por Fernando Alonso.
Em 1973, Stewart deu o troco e conquistou seu
terceiro e último título mundial de Fórmula 1. Com cinco vitórias, 2 segundos,
1 terceiro, 2 quartos e 2 quintos lugares (não marcou em apenas 2 provas) somou
71 pontos, 16 a mais que Emerson, o vice-campeão. Ronnie Peterson, companheiro
de Fittipaldi na Lotus, ficou em terceiro, a apenas 3 pontos do brasileiro. No
GP da África do Sul, o terceiro da temporada, mais um brasileiro estreou na
F-1: José
Carlos Pace, que somou 3 pontos no ano. 1973 marcou também a
aposentadoria de Stewart, aos 34 anos, após 9 temporadas, 101 GP's, 27
vitórias, 17 poles e 15 voltas rápidas. A Tyrrell Racing jamais
seria forte novamente.
A temporada de
1974 também foi muito disputada e faltando 2 provas para o final, Clay
Regazzoni (Ferrari) tinha 46 pontos, Emerson Fittipaldi (que trocou a Lotus
pela McLaren) tinha 43 pontos, Jody Scheckter (Tyrrell)
tinha 45 e Niki Lauda (Ferrari) somava 38. A prova a seguir seria disputada no
Canadá e foi vencida por Emerson, seguido de Regazzoni. Scheckter e Lauda
abandonaram. Para a última prova, nos Estados Unidos, novamente em Watkins
Glen, Scheckter precisava da vitória, pois Emerson e Regazzoni estavam
empatados com 52 pontos. Quem venceu foi o argentino Carlos Reutemann,
com o brasileiro Pace em segundo, seguido de James Hunt e
Emerson Fittipaldi, que se tornou bicampeão mundial de Fórmula 1. Regazzoni
terminou em 11º e Scheckter não completou a prova.
Em 1975, Lauda não deu chance a ninguém. Fechou o
ano com 64 pontos, 19 de vantagem para Emerson, que foi o vice-campeão, seguido
por Reutemann, que somou 37 pontos. Nos anos 1970 morriam 2 pilotos por temporada
e ao chegarem em Barcelona, para o GP da Espanha, os pilotos verificaram que os
guard rail's não haviam sido colocados de forma correta. Fittipaldi deu um
ultimato aos organizadores de que os pilotos não treinariam "enquanto o
guard rail for peça decorativa". Os organizadores ameaçaram confiscar
carros e equipamentos nos boxes forçando aos donos de equipes obrigarem seus
pilotos a entrarem na pista. Emerson, Wilson Fittipaldi Júnior e Arturo Merzario tiveram
coragem de ficar fora da pista. 1975 marcou a estreia da Copersucar-Fittipaldi,
que disputou o campeonato de F1 até 1982. Este ano foi marcante para José Carlos
Pace, que somou 24 pontos e conquistou sua primeira (e única) vitória, no Grande Prêmio do Brasil, em Interlagos, autódromo que hoje leva seu nome.
A temporada
de 1976 começou
muito boa para Lauda. Após 5 vitórias na primeira metade do ano, ele sofreu um
terrível acidente no Grande Prêmio da Alemanha, e só sobreviveu graças a
coragem de Arturo Merzario, Brett Lunger, Harald Ertl e Guy Edwards. Lauda,
que passou 4 dias na UTI (tendo chegado até a receber a extrema-unção, em
virtude de seu gravíssimo estado de saúde), lutou para recuperar a forma a
tempo de disputar o Grande Prêmio da Itália, em Monza, onde chegou em quarto
lugar. Alcançou o mesmo resultado na prova seguinte, no Canadá. Não marcou
pontos nos EUA. Foi para a última prova no Japão, onde enfrentou um temporal
que o fez resolver abandonar a prova, permitindo assim que James Hunt (McLaren)
conquistasse seu único título por apenas um ponto de vantagem. Esta temporada
marcou a saída de Emerson Fittipaldi da McLaren, indo ser piloto da Copersucar,
abrindo mão de lutar por um possível terceiro título mundial. O brasileiro
somou 3 pontos em 1976.
A midia arrasou Lauda,
chegando a dizer que ele havia se acovardado, mas ao conquistar o título de
1977, o bi-campeonato, tornou-se maior novamente. Somou 72 pontos contra 55 de
Jody Scheckter e 47 de Mario Andretti.
Lamentavelmente, para os torcedores brasileiros, no dia 18 de Março de
1977, Pace sofreu um acidente fatal com seu monomotor ao retornar da fazenda de
um amigo que faleceu também no acidente, em Mairiporã, na Grande
São Paulo.
Em 1978, Lauda
mudou-se para a Brabham, mas viu a Fórmula 1 ser dominada pela Lotus. Mario
Andretti conquistou o título com treze pontos de vantagem sobre seu companheiro
de equipe, Ronnie Peterson. O "sueco voador" não terminou aquela
temporada. Um acidente depois da largada do Grande Prêmio da Itália, em Monza,
envolvendo vários carros o vitimou. Emerson Fittipaldi, que era seu grande
amigo, havia abandonado o GP por conta da falta de segurança. Quando o
brasileiro estava desembarcando, o avisaram da morte do sueco. O ano de 1978
marcou a entrada do brasileiro Nelson Piquet na
Fórmula 1, correndo pela equipe Ensign.
O título de 1979
foi disputado pelos pilotos da Ferrari, Jody Scheckter e Gilles Villeneuve que
conquistaram 3 vitórias e 3 segundos lugares cada um, mas com vantagem para
Scheckter, que somou 51 pontos contra 47 do canadense. O australiano Alan Jones somou
40 pontos, com quatro vitórias e 1 terceiro lugar e terminou o ano na terceira
colocação. Ao final da temporada, Niki Lauda comunicou que estava se
aposentando por não ter motivação para correr.
Anos 1980: A era
McLaren-Williams e os tricampeonatos de Lauda e Piquet
Depois das
emocionantes temporadas da década de 1970, chegou a década de 1980. A Williams e McLaren imperavam
nas pistas, mas equipes tradicionais, como Lotus e Ferrari, começavam a sentir
a crise. Tal período foi considerado um dos melhores da história da F-1.
Em 1980, o
australiano Alan Jones triunfou com a sua Williams.
Em 1981,
deu Nelson
Piquet, competindo pela Brabham.
Em 1982 foi um
ano triste para alguns torcedores, devido aos acidentes fatais de Gilles Villeneuve e Riccardo Paletti.
Mas o austríaco Niki Lauda, que havia se afastado da categoria depois de 1979,
retornou, agora como piloto da McLaren. O finlandês Keke Rosberg surpreendeu
e ganhou o campeonato com apenas uma vitória.
Em 1983, Nelson
Piquet sagra-se Bi-Campeão de F-1, e fez história tornando-se o primeiro piloto
campeão do mundo da era com motores Turbo, com a Brabham-BMW.
Em 1984, Lauda
faturou o tricampeonato por apenas meio ponto de diferença sobre Alain Prost -
se Prost tivesse vencido o Grande Prêmio de Mônaco (com mais da metade da
corrida disputada), interrompido pela chuva, o francês seria campeão. Foi nessa
temporada que surgiu Ayrton
Senna, um dos maiores pilotos da história da categoria. Aliás, neste
Grande Prêmio de Mônaco, as condições da pista eram terríveis: um temporal
caía. Sob estas condições, o novato Ayrton Senna guiou sua Toleman, chegando ao
segundo lugar, até a bandeira vermelha. Muitos que presenciaram esta prova
dizem que, se não houvesse a bandeira vermelha, Senna teria ganho a prova.
Em 1985, Michele Alboreto da
Ferrari, que desapareceu de meados da temporada, deixando o caminho claro para Prost
ganhar o seu primeiro título de carreira aos 30 anos após os seus vários erros.
Alboreto liderou o campeonato após vencer a corrida na Alemanha, mas depois não
marcou um único ponto nas últimas cinco corridas, negando-lhe o seu único
desafio no título da carreira.
Em 1986, o
campeonato culminou em uma batalha de pontos entre o duelo das Williams de
Nelson Piquet e Nigel Mansell contra Alain Prost de McLaren na corrida final,
do Grande Prêmio da Austrália. O pneu de Mansell explodiu de forma espetacular
e Piquet, na liderança no momento do incidente, foi trazido para uma parada de
boxes não programada logo depois que a equipe Williams evitou o mesmo
acontecendo com seus pneus. Isso permitiu Prost para assumir a liderança e a
vitória na corrida (seu quarto da temporada) e para garantir o seu segundo
Campeonato consecutivo de pilotos. Mansell, Piquet, Prost, juntamente com a
estrela em ascensão de Ayrton
Senna, que havia conquistado a sua primeira vitória na Fórmula 1 no
Grande Prêmio de Portugal, dominou durante toda a temporada e formaram o que
foi popularmente apelidado de "Gangue dos Quatros"
Em 1987, a
disputa seria entre Piquet e Mansell. O Leão bateu forte em
Suzuka, e não teve condições de correr. Piquet conquistou o tricampeonato.
1988-1989: O
domínio da McLaren e a disputa entre Senna e Prost
1988 e 1989
foram os "anos McLaren", pois Ayrton Senna, vindo da Lotus, e Alain
Prost, que havia vencido em 85 e 86, reinaram absolutos. Em 1988, Senna
conquistou seu primeiro título mundial numa temporada em que a McLaren venceu
15 das 16 provas disputadas. Apesar da supremacia da equipe, o ano foi marcado
pelo duelo histórico entre os dois pilotos, com Senna vencendo oito corridas e
Prost conquistando a vitória em sete provas. Senna chegou ao título na
penúltima prova do campeonato, no Grande Prêmio do Japão, numa das suas maiores
exibições de toda a sua brilhante carreira. O piloto brasileiro largou na pole position, mas
teve problemas logo no início com o motor de seu carro. Este detalhe deixou
Senna parado na grelha
de partida por alguns segundos e o fez cair para a décima
quarta posição, trazendo maior dramaticidade à disputa com Prost, que assumiu a
liderança da corrida. Numa recuperação incrível, Senna ultrapassou seus
adversários, alcançando a segunda posição na vigésima volta e tomando a
liderança do piloto francês na vigésima oitava, conquistando o campeonato e
inserindo seu nome definitivamente no hall dos maiores pilotos da história da
Fórmula 1.[3] Em
1989, Prost faturou o tricampeonato, igualando-se a Nelson Piquet, Jack
Brabham, Jackie Stewart e Niki Lauda em número de títulos. O título do francês
foi polêmico e também teve como palco o Grande Prêmio do Japão. Em nova disputa
emocionante, ele e Senna bateram na Chicane Casio, uma das últimas curvas
do circuito
de Suzuka, depois de uma fechada do francês, que tinha a vantagem na
pontuação do campeonato e lucraria com o abandono de Senna. Enquanto Prost
deixou a corrida, o piloto brasileiro se manteve na pista e venceu a prova, mas
foi desclassificado (muitos dizem que por ordens de Jean-Marie
Balestre) por cortar caminho na chicane e ser empurrado pelos
fiscais de prova. Com a desclassicação, a vitória ficou com o italiano Alessandro
Nannini, da Benetton, e o título
ficou com Prost.
Anos 1990
1990-1993: Duelos
quentes
A década de 1990 foi
um divisor de águas na F-1.
Em 1990, Senna dá o troco em Prost, que estava na
Ferrari. Ambos bateram, agora na largada do Grande Prêmio do Japão, e ficaram
fora. Nelson Piquet venceu a prova, com Roberto
Pupo Moreno em segundo, e Aguri Suzuki,
da Larrousse, chegou em
terceiro lugar, melhor resultado de um piloto japonês na F-1, que foi igualado
no Grande Prêmio do Japão de 2012 por Kamui Kobayashi chegando
também em terceiro.
Em 1991, deu Senna novamente ao disputa do título com
Mansell, que fez uma tentativa desesperada de superá-lo no final da reta dos
boxes, Mansell perde o controle do seu carro indo para a caixa de brita e o
brasileiro conquistou seu tricampeonato com uma prova de antecedência. Nesse
ano, surgiu aquele que seria o maior recordista da categoria, Michael
Schumacher, substituindo o belga Bertrand Gachot, preso
por ter se envolvido em uma briga em Londres.
Já em 1993, Alain Prost, depois de se licenciar para uma
fracassada passagem como piloto de teste da Ligier em 1992,
se tornando comentarista em seguida, voltou com tudo. Ele foi tetracampeão pela
Williams e encerrou definitivamente sua vitoriosa carreira. Nesse ano, Senna
foi vice-campeão e fez corridas históricas, como o Grande Prêmio da Europa,
realizado em Donington
Park, em que o tricampeão largou em quarto e, ainda no final da
primeira volta, era líder com boa vantagem para o segundo colocado, Alain
Prost.
1994: A morte de
Senna e o começo da Era Schumacher
1994 é
considerado o annus horribilis da Fórmula 1 por causa de
inúmeros acidentes. Em San Marino, ocorreu o chamado "Fim de semana
negro". Na sexta-feira, Rubens
Barrichello, da Jordan-Hart, sofreu
um forte acidente na Variante Bassa, e quebrou um braço e o nariz, sendo
substituído por Andrea
De Cesaris. No sábado, Roland
Ratzenberger, piloto da Simtek, passa reto
na curva Villeneuve devido a perda do aerofólio dianteiro, e bate brutalmente
no muro. Ele morreu instantaneamente.
Na corrida,
outro acidente assustou a torcida: o português Pedro Lamy destruiu
a sua Lotus na Benetton de J.J.
Lehto, mas os dois saíram ilesos. Oito torcedores ficaram feridos
após serem atingidos por um pneu que voou por sobre a arquibancada. Mas os torcedores
nem desconfiavam do que viria a seguir: Ayrton Senna, que
abria distância frente a Schumacher, perde o controle da Williams na curva
Tamburello (após uma falha mecânica, provavelmente a quebra da barra de
direção) a cerca de 300 km/h, fazendo com que o carro fosse em direção ao muro.
Com o impacto, a suspensão dianteira direita se partiu, e a ponta do triângulo
do braço da suspensão o atingiu na têmpora. O brasileiro sofreu ferimentos
graves, e foi internado no Hospital Maggiore de Bolonha. Porém, o tricampeão
faleceu após 6 horas no hospital. As comunicações no circuito entraram em
colapso, permitindo que o piloto francês Érik Comas, da
Larrousse, deixasse o pit-stop e retornasse à corrida quando ela já havia sido
interrompida. Comas (ex-piloto da Ligier e campeão da Fórmula 3000 em
1990) somente entendeu o que estava acontecendo quando os fiscais de pista mais
próximos ao acidente tremularam nervosamente suas bandeiras vermelhas
indicando-lhe a situação, o helicóptero estava parado na pista logo depois da
curva Tamburello, onde Senna havia batido sua Williams, uma curva que é feita a
cerca de 300 km/h. Se não fosse a atitude dos fiscais ao balançarem as
bandeiras vermelhas (que representa prova interrompida), Comas vindo na curva
Tamburello a mais de 300 km/h, não conseguiria frear e poderia ter batido
no helicóptero. O experiente italiano Michele Alboreto se
atrapalha nos boxes, e o pneu traseiro esquerdo de sua Minardi escapa,
se chocando contra os mecânicos da Ferrari e ferindo um da Lotus. O terror
parecia continuar quando Karl Wendlinger,
da Sauber, bateu na
saída do túnel em Mônaco. O austríaco ficou em coma, se recuperou, mas não
voltou. No fim, deu Schumacher. O alemão da Benetton chegou à Austrália com um
ponto de vantagem sobre Damon
Hill, da Williams. Os dois bateram, e ficaram fora. Nigel Mansell,
que voltara da Indy, venceu a corrida. Ao fim dessa temporada, duas equipes se
despediram melancolicamente: a Larrousse, que somou dois pontos, e a Lotus, que
após 36 anos de trabalho, teve um fim indigno, não marcando nenhum ponto,
ficando à frente apenas da fraca Simtek.
1995-1999: Os
bicampeonatos de Schumacher e Mika Häkkinen e a volta da Ferrari
Já em 1995,
Schumacher ganhou o bicampeonato com relativa facilidade.
Em 1996, deu
Damon Hill, e o herdeiro de Graham Hill se tornou o primeiro piloto filho de um
campeão a repetir o feito do pai.
Em 1997, Jacques
Villeneuve, da Williams, faturou seu único título na categoria
após Schumacher tentar
jogar sua Ferrari em cima da Williams do canadense, pois na corrida final o
alemão estava um ponto a frente do canadense. A Williams nunca mais venceu nem
o título de pilotos, nem o de construtores desde então. Depois dessa atitude
antidesportiva, Schumacher foi desqualificado do Mundial de 1997, mas os pontos
dos construtores não foram excluídos da Ferrari.
Em 1998 e 1999,
a McLaren voltou
com tudo. Mika
Häkkinen venceu as duas temporadas por pequenas vantagens sobre
Schumacher e Eddie
Irvine. Neste último ano, a Ferrari encerrou o jejum de dezesseis anos
sem um mundial de constutores. Em 1999 Schumacher sofreu um grave acidente
em Silverstone e ficou fora por boa parte do
campeonato retornando apenas na Malásia.
Anos 2000: Novos
tempos
2000-2004: Domínio
de Schumacher e da Ferrari
Entre os anos de
2000 e 2004, a "Era Schumacher" chegou ao seu auge, tendo sido o
germânico campeão do mundo cinco vezes em sequência pela Ferrari.
Em 2000, um
embate feroz contra o arqui-rival Finlandês, Mika Hakkinen, com direito a
batalhas épicas na pista como em San Marino, quando Schumacher venceu na
estratégia, em Nurburgring, durante um dilúvio e onde Schumacher mostrou sua
superioridade em condições adversas, em Spa-Francorchamps,
que foi palco de uma das ultrapassagens mais bonitas da história da F1 (quando
Hakkinen ultrapassou Michael na reta Kemmel, antes da chicane Les Combes,
deixando o então piloto da BAR, Ricardo Zonta, entre eles) e em Suzuka, aonde
Michael Schumacher mostrou arrojo e contou com um excepcional trabalho em
equipe para depois de 21 anos trazer um título mundial para a escuderia
italiana. Cabe ressaltar a ida de Barrichello para a Ferrari, após passar pelas
equipes Jordan e Stewart GP, e a estreia de Jenson Button, com atuações
consistentes pela Williams-BMW.
O ano de 2001
representou um domínio significativo para os carros da Ferrari, com Schumacher
sendo campeão com relativa facilidade em cima de David Coulthard ainda no GP da
Hungria. Hakkinen, vice-campeão no ano anterior, sofria com a vida pessoal
outrora abalada pelo álcool e pelas constantes idas e vindas em seu casamento
com Erja, mãe de seu filho que nascera no final de 2000 - e não conseguiu
repetir a boa atuação de 1998, 1999 e 2000. Juan
Pablo Montoya também estreiaria pela Williams, mostrando arrojo
e pouco cuidado com os pneus de seu bólido inglês.
Em 2002,
temporada comparável a 1988 em termos de domínio, teve Schumacher mais uma vez
como protagonista, porém não apenas pelas inúmeras vitórias e podiums, mas
também pelo episódio mais antidesportivo de todos os tempos da F1: o GP da
Áustria, que revelou ao mundo o lado mais amargo e sujo do esporte - quando
Barrichello, então companheiro dele na Ferrari foi obrigado a dar passagem ao
alemão poucos metros antes da chegada, fazendo com que a cerimônia do parque
fechado e o pódium fossem repletas de vaias e muito constrangimento.
O ano de 2003,
em contrapartida, foi bastante complicado para a Ferrari, após o lançamento do
modelo 2003-GA, que não foi tão eficiente quanto seus antecessores. Schumacher
teve vida dura contra Kimi
Räikkönen e Juan Pablo Montoya durante toda a temporada e
graças a vitória em Indianápolis e a vitória de Barrichello em Suzuka,
conseguiu garantir o hexacampeonato mundial, superarando o recorde de títulos
de Juan Manuel Fangio (5) e se torna o maior vencedor da história da Fórmula 1.
Em 2004 foi
parecido com 2002, com um absoluto domínio da Ferrari, incluindo o
vice-campeonato de Barrichello e diversas dobradinhas.
2005-2006: Alonso
e Renault no topo
Em 2005 e
2006, Fernando
Alonso, da Renault, garantiu o título, dando à Espanha o
bicampeonato. 2005 foi também o ano de despedida de duas equipes tradicionais:
a Minardi (que revelara Alonso) e a Jordan, que por pouco não protagonizaram um
pódio histórico nos EUA - este GP possuiu apenas seis
carros. Em 2006, Felipe Massa, vindo da Sauber, substitui
Barrichello, que foi correr pela nova equipe (a Honda, que havia comprado a
British American Racing), venceu pela primeira vez. Três equipes estrearam
nessa temporada: Super
Aguri, Scuderia Toro
Rosso e Midland F1.
Foi também no certame de 2006 que Michael Schumacher se despediu após ter
batido quase todos os recordes - apenas o de maior número de corridas não foi
quebrado.
2007: Um duelo
histórico
A temporada de
2007 foi uma das mais disputadas da história recente da categoria. Lewis Hamilton,
estreante e primeiro piloto negro da história da F1, conseguiu ser o piloto
sensação da temporada, liderando a maior parte do tempo o campeonato de
pilotos. Porém, nos GPs da China e do Brasil, os dois últimos, o jovem inglês
cometeu dois erros que lhe custaram o título. Kimi Räikkönen, de forma
inesperada, conquistou seu primeiro título mundial por uma diferença de apenas
um ponto sobre Hamilton e Alonso. A temporada foi marcada também pelo caso de
espionagem feita pela equipe McLaren (de Hamilton e Alonso) sobre a Ferrari (de
Räikkönen e Massa), que resultou na perda de todos os pontos da equipe McLaren,
além de ter corrido o risco de ser excluída do campeonato. Felipe Massa ficou
na quarta posição do campeonato.
2008: Brasil de
volta à disputa do título
O campeonato de
2008 foi muito disputado, com boa performance de pilotos novatos, com destaque
para Sebastian
Vettel, da Scuderia
Toro Rosso, que se tornou o piloto mais jovem a vencer um GP da categoria. Nesse ano, houve melhora na
performance de equipes como STR (que terminou a frente do chamado "time
A", a Red Bull Racing), BMW Sauber e Toyota.
A decisão
aconteceu em Interlagos, onde Felipe Massa e Lewis Hamilton duelaram até os
últimos metros pelo título.
A decisão foi
até a última volta. Felipe Massa precisava vencer e fez sua parte. Com a
vitória de Felipe, Hamilton não podia chegar em posições inferiores ao quinto
lugar. No final da prova, choveu mais forte. Todos trocaram pneus, menos Timo Glock, que
passou Hamilton, e deixou o inglês segurando a pressão de Sebastian Vettel, com
sua STR.
Vettel
ultrapassa Hamilton, mas, na última curva, Glock, com pneus slick,
"patinava", e com dificuldades visíveis de manter o carro na pista,
Hamilton passa Glock na Junção, assume o 5º lugar e conquista seu primeiro
título mundial por apenas 1 ponto de diferença (98 a 97).
O
heptacampeão Michael
Schumacher, em entrevista, disse que nunca viu corrida tão
emocionante como a de Interlagos em 2008.
Esta temporada
se revelou equilibrada entre grandes equipes como Ferrari, McLaren e Renault,
que se recuperou no fim do campeonato. Não devem ser esquecidos os erros
grotescos da Ferrari, que custaram o campeonato da equipe e de Massa.
Nelsinho Piquet conquistou
bons resultados na segunda metade do campeonato. No entanto o herdeiro de Nelson Piquet teve
sua carreira manchada na Fórmula 1, quando ao final da temporada foi revelada
uma conspiração da equipe Renault, na qual ele confessou ter batido
propositadamente (cumprindo ordens do chefe da equipe, Flavio Briatore, e o
engenheiro chefe, Pat
Symonds) na corrida de Singapura, dando assim a vitória ao seu
companheiro Fernando
Alonso[4].
O acidente
premeditado de Nelsinho Piquet causou a entrada do safety car e tumultuou a
parada nos boxes. Felipe Massa (que estava na primeira posição na corrida) foi
para os boxes e teve problema com a mangueira de combustível e saiu da prova.
Se não fosse intenção premeditado de Nelsinho Piquet em causar o acidente que
favoreceu Fernando Alonso, possivelmente Felipe Massa seria o campeão mundial
de 2008 ao invés de Lewis Hamilton. Nelsinho Piquet deveria ter sido banido das
pistas por sua atitude antidesportiva e por manchar o nome Piquet que tanto deu
alegria aos brasileiros.
Este ano marcou
a aposentadoria do inglês David Coulthard, que
abandonou logo na largada do GP do Brasil , e a quebra do recorde de corridas
disputadas, atualmente pertencente a Rubens
Barrichello.
2009: A temporada
das surpresas
2009 foi marcado pela redenção do
inglês Jenson
Button, que havia perdido seu lugar com a saída repentina da Honda.
Entretanto, Ross
Brawn, que já havia trabalhado com Button e Barrichello em 2008,
comprou o espólio da equipe japonesa e a rebatizou com seu sobrenome, Brawn GP.
Os motores dos carros eram da Mercedes-Benz, e na Austrália, Button teve um
começo avassalador, quebrado somente no GP da China, vencido pelo alemão
Sebastian Vettel, da RBR. Também para a
história dos campeonatos mundiais ficou o fato de, pela primeira vez, uma
equipe ter ganho o campeonato no ano de estreia.
Além da Brawn GP
e da RBR, merece destaque a ascensão da Force India, que
equipado com motor Mercedes, fez um campeonato sem grandes erros como em
2008. Giancarlo
Fisichella conquistou a primeira pole, o primeiro pódio e os
primeiros pontos da equipe de Vijay Mallya, no GP
da Bélgica. Adrian
Sutil, companheiro de Fisico, também fez uma temporada
acima das expectativas. O mesmo não se pode dizer de Luca Badoer, piloto
de testes da Ferrari, que após dez anos sem correr uma etapa da categoria,
acabou sendo escolhido para suceder Felipe Massa, afastado após sofrer grave
acidente na Hungria, ao ser atingido por uma mola do carro de Rubens
Barrichello. Badoer não conseguiu pontuar e Fisichella assumiu o posto,
realizando, assim, seu sonho de pilotar um carro da Scuderia.
Anos 2010
2010-2013: O
retorno de Schumacher e o tetra de Vette
Em 2010 foi marcado pela volta do
heptacampeão Michael
Schumacher e pelo retorno do nome Senna a Fórmula 1, com a
chegada de Bruno
Senna. Neste ano surgiram duas novas equipes: HRT e Virgin, e também o
retorno da equipe Lotus.
Esta temporada
também foi marcada por várias mudanças no regulamento, entre elas estão: o fim
do reabastecimento, o aumento do número máximo de carros inscritos (de 20 para
24),[5] a
ajuda da Formula One Management para novas equipes,[6] o
aumento do peso mínimo dos carros (605 para 620 kg),[7] e
alterações na utilização dos pneus. Este foi o último ano do uso do difusor
duplo utilizado primeiramente em 2009 (banido a partir de 2011).
No GP da Alemanha a Ferrari ordenou
que o piloto brasileiro Felipe Massa cedesse
o primeiro lugar para o espanhol Fernando Alonso que
vinha em segundo. A FIA decidiu multar a equipe em US$ 100
mil pelo ato ilegal.[8]
Até a última
corrida, havia quatro pilotos com chances de título: Sebastian Vettel,
Fernando Alonso, Mark
Webber e Lewis Hamilton. O
campeão foi o alemão Sebastian Vettel, da Red Bull Racing e
o vice-campeão foi o espanhol Fernando Alonso, da Ferrari. A Red Bull Racing
sagrou-se também vencedora do mundial de construtores.[9]
Em 2011 foi marcado pelo dominio do
Sebastian Vettel e o retorno do Kers e a adição do DRS, foi proibido o duto
frontal e a liberação do jogo de equipe. Vettel permaneceu na liderança do
campeonato durante o ano todo. Neste ano também marcou a estreia do Grande Prêmio da Índia, tornando-se assim, o
calendário mais longo da história da Fórmula 1. Mas com protestos políticos no
Bahrein, o GP foi adiado, ainda tinha chances de voltar em outubro, mas foi
cancelado, assim retornando apenas em 2012. Sebastian Vettel se
consagrou bicampeão da temporada de 2011 no Grande Prêmio do Japão, faltando 4 corridas para o
final da temporada.[10][11]
Em 2012 foi marcado pela disputa entre o
alemão, Sebastian
Vettel, e o espanhol, Alonso. O
brasileiro, Felipe
Massa, que quase saiu da Ferrari, foi somente
o 7º colocado, no geral e Bruno Sennafoi o
16º. A disputa pelo título se estendeu ate o GP do Brasil, em Interlagos, que ficou marcado pela disputa intensa na
chuva, com troca de pneus e estratégias, e erros de pilotos. Sebastian Vettel,
era o favorito no início da competição mas início da prova sofreu uma colisão
com o piloto Bruno Senna, além de um erro de estrategia com a troca pneus, o
que levou o piloto alemão para o meio do grid, fora da pontuação mínima, o que
tornaria Fernando
Alonso o campeão da temporada. Mesmo assim, em uma longa
recuperação, conseguiu terminar na 7º colocação, atingindo a pontuação minima
para que pudesse se tornar o mais jovem tricampeão da história, levando a
vitória do campeonato de pilotos de 2012.
Em 2013 ficou marcado por Lewis Hamilton decidir
sair da McLaren, indo para a Mercedes; por Michael Schumacher aposentar-se em
definitivo da Fórmula 1 (o heptacampeão acabaria sofrendo um grave acidente de
ski em 29 de dezembro do mesmo ano); e por Sebastian Vettel conquistar seu
tetracampeonato no GP da Índia, faltando 4 corridas para o fim da temporada.
2014-2016: A volta
do turbocompressor e a disputa entre grandes amigos
Em 2014, um novo
regulamento foi aplicado na F1. Este regulamento trouxe a volta do
turbocompressor, a adição de motores V6 1.6 e a
adição de baterias e sistemas de recuperação de energia - os ERS, que são dois:
o MGU-H, que recupera a energia perdida pelo calor, e o MGU-K, que recupera a
energia perdida na freada. Esta temporada marcou o fim do domínio da Red Bull,
já que os motores V6 Renault não vieram tão fortes quanto na temporada passada.
A Williams retorna ao seu período de "vacas gordas", após ficar anos
amargando posições intermediárias (a escuderia inglesa ficou em nono lugar no
Mundial de Construtores de 2013, a frente apenas das equipes Caterham e Marussia). A equipe de Grove contratou novos
funcionários (incluindo Felipe Massa, ex-piloto da Ferrari), atraiu novos
patrocinadores, como a Martini,
e construiu um carro decente para a temporada de 2014. Este também foi o último
ano de Fernando Alonso na Ferrari, e de Sebastian Vettel na Red Bull. Houve
alguns estreantes, como Marcus Ericsson,
pela Caterham Racing, Daniil
Kvyat, pela Scuderia Toro Rosso, e Kevin Magnussen,
pela McLaren.
Logo na primeira
etapa, o dinamarquês Kevin Magnussen conquista o terceiro lugar. Porém, com a
desqualificação de Daniel Ricciardo da prova, o piloto da McLaren ganha os 18
pontos. Neste GP da Austrália, Hamilton abandona,
e Rosberg vence.
Nos próximos quatro GPs, Hamilton vence, com Rosberg em segundo. Nestas cinco
provas, nota-se claramente que a Mercedes AMG vai vencer o campeonato. Porém, a
dúvida é: Quem será o campeão de 2014: Hamilton ou Rosberg?
O título foi
decido apenas na última corrida, nos Emirados Árabes e com problemas em seu
carro Rosberg acaba chegando na 14º posição e com uma vitória Lewis Hamilton se
torna bicampeão mundial.
No GP de Mônaco,
o piloto francês Jules
Bianchi conquistou os únicos pontos da Marussia em toda a sua
história, com um ótimo oitavo lugar, que se tornou um nono com a adição de 5
segundos ao tempo de prova do francês por conta de uma punição. Infelizmente,
Jules acaba se acidentando gravemente no GP do Japão, em 5 de outubro de 2014:
Quando estava a curvar Jules perdeu o controle e acerta a grua de remoção, que
estava removendo o carro de Adrian Sutil, que havia aquaplanado exatamente no
mesmo ponto. A corrida aconteceu sob péssimas condições, pois um tufão se
aproximava da ilha asiática, e foi finalizada pelo diretor de prova através da
bandeira vermelha, pois já estava ficando escuro e a chuva só aumentava.
Bianchi, que em virtude do acidente e consequentemente do diagnóstico de lesão
axonal difusa, ficou hospitalizado em estado vegetativo deste então, e viria a
falecer no ano seguinte, em 17 de julho de 2015, tornando-se o primeiro piloto
a morrer na Fórmula 1 desde Ayrton Senna, em 1994.
Em 2015,
Hamilton liderou o campeonato desde a abertura e tornou-se campeão com
antecipação de três corridas ao vencer nos Estados Unidos.
Em 2016, Rosberg
venceu as quatro primeiras corridas da temporada (Austrália, Bahrein, China e
Rússia). No Grande Prêmio da Espanha, Hamilton tentou dar o troco na saída da
curva três, mas Nico fechou a porta e Hamilton acabou saindo da pista, perdendo
o controle e batendo no alemão e acabou colocando as duas Mercedes fora da
prova e mais uma vez disputando o título com o companheiro de equipe, desta vez
Rosberg sagrou-se campeão mundial ao chegar em segundo lugar na última corrida
em Abu Dhabi e se tornar o segundo filho de campeão a levar o título na
história da Fórmula 1 igual ao pai, Keke Rosberg (1982).
Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%B3rmula_1
Nenhum comentário:
Postar um comentário