Ainda não se sabe quando a construção das cidades subterrâneas da Capadócia começou, mas com certeza datam de volta do quinto século antes do Cristo, porque o grego Xenofonte (430-355 AC) fez referência a estas cidades em seu livro "Anavasis". Em particular, ele falou sobre aldeias subterrâneas, com entradas muito estreitas que pareciam ser uma abertura de poço. Ele também diz que os quartos estavam abertos e que os animais (ovelhas, cabras), também eram mantidas no subsolo e saiam por meio de túneis especiais. As entradas para estes túneis eram escondidas e as pessoas usavam escadas para chegar às salas dos animais. De acordo com Xenofonte, os habitantes das vilas subterrâneas, produziam cerveja feita de cevada e vinho, de muito boa qualidade.
Posteriormente, o geógrafo Estrabão (84 AC-17 DC), indicou uma área de expansão da Licaônia para Cesaréia, onde ele viu os poços mais profundos do mundo.
Na verdade, o povo da região da Capadócia costumavam mover-se entre as cavernas subterrâneas, levando os seus animais domésticos com eles, quando estavam em perigo. As entradas para as cavernas eram escondidas e as cidades estavam conectadas com as casas. É possível que as cidades também eram ligadas umas as outras, 36 cidades subterrâneas foram descobertas no total. As inumeras salas das cidades eram ligadas por longos túneis estreitos e corredores. Grandes mós nas extremidades dos túneis eram utilizados para evitar alguem de entrar. Pequenos buracos nas pedras permitiam as pessoas verem os atacantes e eles usavam lanças para matá-los.
Os estábulos dos animais estavam no primeiro andar das cavernas, perto da entrada. Salas de jantar, cozinha com fogões de pedra, quartos, banheiros, poços sépticos, capelas, salões para colocar os mortos temporariamente, antes de enterrá-los, e as adegas foram construídos ainda mais profundos. Os quartos eram climatizados através de longas chaminés que também permitiam o acesso de um nível para outro. As lâmpadas de óleo eram utilizadas para a iluminação e falsos poços foram construídos para evitar o envenenamento de água pelos inimigos. Eles também costumavam derramar óleo fervido para os inimigos que tentavam passar pelos corredores.
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