O teste do pezinho pode diagnosticar condições de saúde como hipotireoidismo congênito, fenilcetonúria, hiperplasia adrenal congênita, deficiência da biotinidase, fibrose cística e hemoglobinopatias (doenças que afetam o sangue).
É importante fazer o Teste do Pezinho em todos os recém-nascidos, uma vez que as doenças identificadas pelo exame não apresentam sintomas ao nascimento e, se não forem tratadas cedo, podem levar à deficiência intelectual e causar sérios prejuízos para a qualidade de vida da criança. O teste do pezinho é feito nessa região do corpo por ser uma área bastante irrigada no corpo humano, facilitando assim a realização do exame.
Hoje em dia, o Teste do Pezinho Básico é obrigatório por lei em todo o território nacional. Alguns municípios, inclusive, não permitem que a criança seja registrada em cartório se não tiver feito o exame anteriormente.
Diversas maternidades já fazem o teste rotineiramente, antes da alta hospitalar, após as 48 horas de vida do bebê. Procure saber se isto é feito na maternidade onde nasceu o bebê. Caso o teste ainda não tenha sido feito, você poderá procurar o posto de saúde do seu município.
Contraindicações
Não há contraindicação para a realização do Teste do Pezinho
Teste do Pezinho no SUS
O Teste do Pezinho Básico é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), podendo ser feito gratuitamente nos hospitais ou em qualquer unidade de saúde. Entretanto, alguns hospitais disponibilizam versões mais completas do teste, que podem rastrear até 50 doenças, desde doenças metabólicas genéticas até infecciosas como a toxoplasmose congênita.
Como o Teste do Pezinho é feito
Para o Teste do Pezinho, é coletada uma amostra de sangue a partir do calcanhar do bebê com a retirada de algumas gotinhas de sangue para análise. O exame é feito no calcanhar porque é a uma região rica em vasos sanguíneos e menos dolorosa, facilitando a coleta.
Referência:
APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) DE SÃO PAULO.
Tipos de Teste do pezinho
Teste do Pezinho Básico:
Esse tipo de teste do pezinho pode ser realizado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde e também pela saúde suplementar. Nele, podem ser detectadas 6 tipos de doenças
Fenilcetonúria: é uma doença rara, congênita e genética, na qual a pessoa nasce sem a capacidade de quebrar adequadamente moléculas de um aminoácido chamado fenilalanina. Uma pessoa com Fenilcetonúria nasce com a atividade prejudicada da enzima que processa fenilalanina em tirosina.
Hipotireoidismo congênito: é um problema no qual a glândula da tireoide não produz hormônios suficientes para a necessidade do organismo. Alguns casos são desencadeados por um mal desenvolvimento da tireoide, que aconteceu intra-útero, ou seja, durante a gestação. Para esses casos, os especialistas deram o nome de hipotireoidismo congênito. Crianças com essa forma da doença podem não apresentar quaisquer sintomas depois do nascimento, o que pode causar complicações no futuro.
Fibrose cística: também conhecida como mucoviscidose, é uma doença genética, hereditária, autossômica e recessiva, ou seja, passa de pai/mãe para filho(a). Sua principal característica é o acúmulo de secreções mais densas e pegajosas nos pulmões, no trato digestivo e em outras áreas do corpo.
Hemoglobinopatias (doenças de sangue, como a anemia falciforme): é uma doença hereditária (passa dos pais para os filhos) caracterizada pela alteração dos glóbulos vermelhos do sangue, tornando-os parecidos com uma foice, daí o nome falciforme. Essas células têm sua membrana alterada e rompem-se mais facilmente, causando anemia. A hemoglobina, que transporta o oxigênio e dá a cor aos glóbulos vermelhos, é essencial para a saúde de todos os órgãos do corpo.
Hiperplasia adrenal congênita: doença causada pela deficiência da enzima 21 hidroxilase que está envolvida na produção de vários hormônios da glândula suprarenal. Nas meninas esse tipo de condição pode causar genitália ambígua e, nos meninos, puberdade precoce
Deficiência de biotinidase: distúrbio causado pela falta de enzimas de biotinidase. Essas enzimas são responsáveis pela absorção e regeneração orgânica da biotina, uma vitamina que pode ser encontrada na alimentação
Teste do Pezinho Ampliado:
Esse tipo de teste tem a capacidade de detectar uma quantidade maior de doenças que a versão básica do teste. Atualmente existem duas versões do teste do pezinho ampliado. Confira a seguir cada uma delas:
Teste do Pezinho Mais ou Ampliado: Além do que se detecta no teste básico, inclui mais quatro diagnósticos:
Deficiência de G-6-PD: Esse tipo de condição causa quadros hemolíticos com anemias de intensidade variável que podem surgir durante as infecções ou contato com certos medicamentos
Galactosemia: é o nome dado à condição caracterizada pela incapacidade do organismo de metabolizar a galactose em glicose. A galactose é um açúcar monossacarídeo, obtido a partir da hidrólise da lactose ? o açúcar natural do leite. Sua função é puramente energética e é o principal carboidrato responsável pela formação do antígeno do grupo sanguíneo B
Leucinose: é uma doença que desencadeia convulsões, vômitos e falta de ar. É causada por uma deficiência da enzima de desidrogenase alfacetoácida, responsável pelo metabolismo de leocina.
Toxoplasmose Congênita: Doença que pode causar calcificações cerebrais no paciente. Além disso, causa deficiência intelectual, convulsões, coriorretinite e microcefalia
Teste do Pezinho Super: Esse tipo de teste é capaz de fazer a triagem de 48 doenças. Além das condições identificadas no teste do pezinho convencional e no Mais, ele identifica outros 38 tipos de doenças.
Teste do Pezinho para SCID: Esse tipo de teste é capaz de identificar um grupo de doenças genéticas que impedem a criação de células de defesa T e/ou B, nem de anticorpos protetores. O teste pode ser realizado junto com os outros testes descritos acima.
A quantidade e especificação das doenças investigadas pelos testes mais avançados dependerão do hospital. Quais dessas serão incluídas no teste dependerão do laboratório ou hospital que disponibiliza o exame.
Em alguns casos, o hospital ou laboratório pode requerer a repetição do teste para confirmar o diagnóstico.
Sinônimos
Triagem neonatal
Tempo de duração da coleta do exame
A coleta do Teste do Pezinho dura alguns minutos, tempo da amostra de sangue ser coletada.
Periodicidade do exame
O exame é feito apenas uma vez após o nascimento da criança. Caso seja detectada alguma alteração, o Teste do Pezinho deve ser repetido conforme orientação do hospital ou da equipe médica.
Riscos e efeitos colaterais
O Teste do Pezinho não traz nenhum risco ou efeito colateral para o bebê.
Resultados
Em alguns casos, o hospital ou laboratório pode requerer a repetição do teste para confirmar o diagnóstico. Caso o Teste do Pezinho dê positivo para alguma das doenças investigadas, a família deverá ser orientada sobre o tratamento e cuidados a partir daquele momento.
Fonte:https://www.minhavida.com.br/saude/tudo-sobre/18288-teste-do-pezinho
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