Após seis dias de protestos, número de mortos chega a 21 no Irã

Protestos no Irã: Manifestantes protestam em Teerã, capital do Irã – 30/12/2017
Nove pessoas  seis manifestantes, um garoto, um policial e um Guardião da Revolução  morreram durante protestos noturnos na região de Isfahan, no centro do Irã   anunciou a televisão pública iraniana nesta terça-feira (2). Seis manifestantesmorreram em confrontos com as forças de segurança, quando tentavam invadir uma delegacia da cidade de Qahderijan, na província de Isfahan.
Um menino de 11 anos morreu e seu pai foi ferido por disparos de manifestantes em Khomeinyshahr, acrescentou a mesma fonte.
Segundo a emissora de televisão estatal, um membro dos Guardiães da Revolução, força de elite iraniana, morreu vítima de um disparo de um fuzil de caça em Kahriz Sang.
Na segunda-feira, as autoridades haviam anunciado a morte de um policial, vítima de um disparo de fuzil de caça, em Najafabad. No total, 21 pessoas morreram nas manifestações iniciadas na quinta-feira passada em Machhad, segunda cidade mais populosa do Irã, situada no nordeste do país. Esse número pode subir, uma vez que incidentes ainda estão sendo confirmados e os protestos devem se estender pelos próximos dias.
A televisão estatal reportou que cerca de 100 pessoas foram detidas ontem à noite na província de Isfahan. Desde sábado, foram pelo menos 450. “Pelo menos 200 pessoas foram detidas no sábado; 150, no domingo; e 100, na segunda”, declarou o subprefeito de Teerã, Ali-Asghar Nasserbakht, à agência de notícias Ilna, ligada aos reformistas.
Desde quinta-feira , o Irã registra manifestações contra o governo e a situação econômica do país, o desemprego e a corrupção.

Inimigos do regime

Falando pela primeira vez sobre a onda de protestos, o líder supremo do país, Aiatolá Ali Khamenei, acusou os “inimigos do Irã” de causar instabilidade no país. “Nos últimos dias, inimigos do Irã usaram diferentes ferramentas, incluindo dinheiro, armas, política e aparatos de inteligência para criar tumultos na República Islâmica”, afirmou.
Em um comunicado publicado em seu site, Khamenei prometeu fazer um discurso sobre os últimos acontecimentos “quando o momento certo chegar”. Ele não especificou quem seriam os “inimigos”, mas Ali Shamkhani, secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional, disse que os Estados Unidos, o Reino Unido e a Arábia Saudita estavam por trás dos protestos.
“Os sauditas receberão uma resposta inesperada do Irã e eles sabem o quão séria ela pode ser”, Shamkhani afirmou em uam entrevista à emissora libanesa Al Mayadeen TV.

Reação internacional

O Ministério de Relações Exteriores da Turquia expressou preocupação diante dos relatos de mortes e danos a prédios públicos durante a onda de protestos no Irã. Em um comunicado publicado nesta terça-feira, Ancara declarou que “acreditamos ser necessário evitar a violência e não sucumbir a provocações”, acrescentando que intervenções estrangeiras seriam evitadas.
O chanceler britânico Boris Johnson pediu na segunda-feira que o Irã iniciasse um debate profundo sobre as questões levantadas pelos manifestantes, as quais ele considerou serem “legítimas e importantes”. Ele pediu que Teerã respeitasse o direito à liberdade de expressão e de manifestação pacífica dos iranianos.
O mesmo pedido foi feito pelo presidente americano Donald Trump na última quinta-feira. Em sua conta pessoal no Twitter, Trump escreveu que “os regimes opressores não podem durar eternamente e chegará o dia em que o povo do Irã poderá escolher”. “O mundo está observando!”, alertou o presidente.

Fonte:https://www.msn.com/pt-br/noticias/mundo/ap%C3%B3s-seis-dias-de-protestos-n%C3%BAmero-de-mortos-chega-a-21-no-ir%C3%A3/ar-BBHMu3X

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