Lavar as mãos
várias vezes ou passar o tempo todo preocupado com a limpeza da casa pode não
ser só preocupação com a higiene.
Quando os hábitos, quaisquer que sejam,
deixam de ser saudáveis e passam a ser obrigação, cuidado: pode ser transtorno
obsessivo compulsivo (TOC), uma doença que requer tratamento.
Esse é o segundo
distúrbio mais comum do mundo, atrás apenas da depressão. No Brasil, estima-se
que 4,5 milhões de pessoas sofram com esse transtorno. Uma mania só não indica
necessariamente que a pessoa sofra da doença. O que caracteriza o TOC são
obsessões ou compulsões recorrentes, que consomem tempo e causam sofrimento à
pessoa.
O paciente com TOC
tem medos, desconfortos, pensamentos irracionais e repete atos, acompanhados de
ansiedade e mal-estar. E, no fim, vira escrava daquele comportamento. Além dos
rituais de limpeza, as principais preocupações dos pacientes com TOC envolvem verificação,
repetição, contagem, contaminação, agressão, religião, sexo, simetria e
coleções.
Quando estes atos
ao invés de ajudar ao indivíduo passam a tomar muito tempo do dia e a
interferir negativamente na rotina da pessoa, tornam-se doenças. É importante
analisar se os tais hábitos repetidos comprometem o rendimento, já que o tempo
de trabalho, por exemplo, é gasto com as manias ou com os pensamentos que as
envolvem.
O TOC é um
desajuste na produção de serotonina, substância responsável pela transmissão de
dados entre os neurônios. O distúrbio não tem cura, mas o acompanhamento médico
facilita o convívio com ele. Em geral, os meninos começam a demonstrar sinais
do transtorno antes dos dez anos. Já as meninas, mais no final da adolescência.
E os sinais passam despercebidos: a lição de casa pode demorar muito tempo para
ser feita, já que a caligrafia tem que ser perfeita ou as brincadeiras devem
acontecer sempre da mesma forma.
Os portadores da
síndrome tendem a escondê-la de amigos, familiares, colegas de trabalho.
Afinal, o próprio paciente, quando toma consciência da doença, percebe seus
atos e, muitas vezes, sente-se constrangido, tendo a ocultar esta realidade.
Fonte:http://www.uniica.com.br/artigo/como-identificar-se-uma-pessoa-tem-toc/
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