Pré-candidato à Presidência, o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) é descrito pelos seus assessores mais próximos como um homem simples, educado e obcecado com a pontualidade. Ele recebeu a coluna em seu gabinete na Câmara dos Deputados pontualmente, cordialmente e tomando um café com leite e um pão na chapa.
Ao ser questionado sobre o assédio que vem sofrendo nas ruas, nos aeroportos e na porta do seu gabinete nas últimas semanas, presenciados pela reportagem, mostrou a decoração do gabinete: toda semana chegam canecas e camisas. Na parede também estão penduradas as fotos de todos os presidentes que o País teve durante o regime militar: Castelo Branco, Costa e Silva, Médici, Geisel e Figueiredo.
Bolsonaro tem defendido que quer ser o próximo presidente militar, mas eleito democraticamente pelo voto. Para chegar lá diz estar se preparando. Evitou comentar sobre seus possíveis adversários, Lula, Doria, Huck, mas disse que acredita que alguns nomes estão sendo testados para se contrapor a sua candidatura. Seguindo o estilo que o fez conhecido no País, não fugiu de assuntos assuntos polêmicos e voltou a defender a ampliação do acesso às armas pela população, hoje restrito no Brasil. Questionado sobre como ampliar o acesso sem correr o risco de mais episódios como o de um adolescente que abriu fogo em uma escola de Goiânia e matou dois colegas e feriu outros quatro, Bolsonaro disse que 'quem mata é a pessoa, não a arma'.
— Em Goiânia o garoto podia ter pego um carro e feito a mesma coisa. Em outra escola, numa creche, um marmanjo pegou combustível e colocou fogo na molecada. Então quem mata não é a arma. É a pessoa que está ali. Tem que ter punição para quem usa de forma irregular a sua arma de fogo. Agora a segurança começa dentro de casa. O bandido está armado. Qualquer pessoa que queira comprar um arma [ilegal], desde que tenha dinheiro, tem facilidade. Eu quero facilitar para que um homem de bem tenha acesso, consiga igualar esse poder de fogo com a criminalidade.
Fonte:https://noticias.r7.com/coluna-do-fraga/bolsonaro-defende-populacao-armada-quem-mata-nao-e-a-arma-e-a-pessoa-que-esta-ali-01112017




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