O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles,
disse hoje (25) que o governo recorrerá da decisão da Justiça Federal no
Distrito Federal que suspendeu o reajuste das alíquotas do Programa de
Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade
Social (Cofins) sobre a gasolina, o diesel e o etanol, anunciado pelo governo
na última quinta-feira (20). Segundo ele, advogados da Advocacia Geral da União
(AGU) já estão analisando a decisão para preparar a defesa.
"A
interpretação dos advogados da AGU é a de que o aumento dos tributos está
dentro da lei. A AGU vai apresentar o recurso e vamos aguardar como sempre.
Encaramos com tranquilidade as decisões de outros poderes", disse o
ministro.
Meirelles reforçou
que a discordância entre os poderes é uma das características da democracia e o
aumento das alíquotas desses impostos foi baseada na avaliação dos advogados da
AGU e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. "Continuamos acreditando
nela [na Justiça]. O juiz entendeu diferente e está em seu legítimo direito.
Compete à AGU apresentar toda a argumentação e aguardar as decisões
posteriores. Em resumo mantemos a serenidade, tranqüilidade e a convicção do
que fizemos".
Velório
Meirelles esteve na
tarde de hoje (25) no velório do fundador da Editora Três e criador da revista
Istoé, Domingo Alzugaray, 84 anos, que morreu ontem (24) no Hospital Sírio
Libanês, na capital paulista. A causa da morte não foi revelada. O velório está
sendo realizado no crematório Horto da Paz, em Itapecerica da Serra, na região
metropolitana de São Paulo. "Nós nos encontramos, interagimos e tivemos
uma sólida amizade durante um longo período. Ele era um homem de força e que
enfrentava desafios, como criar um novo grupo editorial no país e construir seu
espaço de opinião. Ele deixa um legado forte extraordinário e importante que
sobrevive e estará conosco".
Ao final da
cerimônia de cremação, Meirelles ressaltou que caso o governo seja derrotado
pensará em outras formas de tributo. "Esse é o tributo mais eficiente, não
só do ponto de vista de efeito para a economia e outros indicadores, mas
respeitamos as decisões judiciais depois de todos os recursos".
PDV
O ministro também
reforçou que a proposta de Programa de Desligamento Voluntário (PDV) de
funcionários públicos federais anunciada ontem (24) pode gerar impacto positivo
para que o governo atinja as metas fiscais. A iniciativa do governo federal
busca reduzir gastos públicos com a folha de pagamento dos servidores públicos
federais.
"É um
movimento que ainda está sendo mensurado e vai depender muito da adesão, mas
dentro dessa estimativa preliminar do Ministério do Planejamento isso pode
atingir cerca de R$ 1 bilhão por ano. É um projeto ainda em elaboração. Ontem
foi uma notícia preliminar sobre isso. Ainda não é um projeto final, formatado
e levado para o presidente da República".
A medida inclui
também a possibilidade de redução da jornada de trabalho com remuneração
proporcional para servidores públicos do Poder Executivo Federal. A proposta é
oferecer uma indenização correspondente a 125% da remuneração do servidor na
data de desligamento multiplicada pelo número de anos de efetivo exercício.
Meirelles evitou
fazer previsões sobre a taxa taxa básica de juros, a Selic, mas disse que o
Banco Central (BC) vem dando sinalizações de trajetória de queda na taxa. O
Comitê de Política Monetária (Copom) do BC inicia hoje (25), em Brasília, a
quinta reunião do ano para definir a taxa básica de juros, a Selic.
Instituições financeiras, consultadas pelo BC, esperam que a Selic seja
reduzida em 1 ponto percentual caindo para 9,25% ao ano.
Fonte:https://www.terra.com.br/noticias/brasil/meirelles-diz-que-governo-recorrera-de-decisao-contra-aumento-de-impostos,9e52cad167273ee1963c9347c9a9541fe0t00q2v.html




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